O amor absoluto é uma crença?
- Erika Mello
- 2 de jan. de 2019
- 2 min de leitura

O uso da palavra “absoluto” para qualificar a palavra amor é uma redundância e isso algumas vezes traz um entendimento distorcido. Parece que estamos buscando por algum tipo de experiência que não existe nesse mundo, o “amor absoluto”, algum tipo de estado diferente de consciência.
Quando se usam esses termos, o objetivo é fazer uma diferenciação entre o amor, que surge através do contato com pessoas, e o amor, que se obtém pelo conhecimento do eu. Como as pessoas estão em constante movimento e mudança, o amor que tem como fonte “as pessoas/os outros” é “temporário” enquanto que o amor vindo do conhecimento do “eu” é imutável, já que o “eu” é livre do tempo e do espaço. É sobre este amor que falamos no Treinamento do Amor, que tem como objetivo a verdade por de trás de todas as experiências e não mais uma experiência no mundo.
Contudo, considerar que “existe o amor absoluto” ou que “o mesmo não existe” estão ambas as opções enquadradas no que chamamos de crença. E de fato, em termos filosóficos, se uma pessoa não sabe a verdade sobre um assunto, ela é livre para escolher qual das duas crenças quer adotar para si.
Porém, mesmo que se decida acreditar que: “não existe amor absoluto”, não é possível para ninguém agir sem fundamentalmente ter esse objetivo.
Todos nós queremos amar para sempre e incondicionalmente… Não é essa a nossa experiência?!?
Por isso crença por crença, é melhor acreditar que o amor existe, se não no mínimo estaríamos sendo incoerentes com nossa forma de agir.
Quando falamos que todos agem em busca do amor absoluto, não estamos defendendo uma crença, estamos apenas provocando o reconhecimento daquilo que já buscamos, por trás de todas as ações.
E é natural que enquanto o conhecimento do “eu” não se estabelecer, aquilo que é proposto, fica no estado de crença, até que seja entendido como verdadeiro, como em qualquer outro conhecimento.
Desdobrar a verdade sobre o “eu” é o grande objetivo do Treinamento do Amor.
Mahalo,
Erika Mello
*Texto com direitos autorais.
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